quarta-feira, abril 11, 2007

Quero nem saber de Riachuelo

Uma pessoa que não mora em Goiânia me deu de presente algumas peças de roupa da Riachuelo. Na cidade onde ela as adquiriu o pessoal da loja garantiu que bastava a etiqueta na peça para ela ser trocada em qualquer cidade.
Então, lá fui eu trocar as peças, na loja Riachuelo do Flamboyant. A moça do guichê foi, voltou, foi, voltou, me perguntou onde foi feita a compra, meio desconfiada. Ela disse que a troca só poderia ser feita mediante a apresentação do cupom fiscal, uma vez que as etiquetas não tinham um carimbo que eles, segundo ela, batiam nas mesmas quando a roupa era para presente. Finalmente, ela disse que a troca NÃO tinha sido autorizada.
Pedi a ela então para eu mesma falar com a gerente de plantão, a saber, senhora MÉRCIA ZENHA. Expliquei a ela o ocorrido, e ela disse, como a outra, que a troca só poderia ser feita mediante a apresentação do cupom fiscal. Então eu fiz aquela pergunta óbvia, mas que não queria calar: "COMO EU VOU TER O CUPOM FISCAL DE UM PRESENTE ENDEREÇADO A MIM, QUE SEQUER FOI COMPRADO EM GOIÂNIA?" A tal gerente, como um gravador, repetiu: "a troca só pode ser feita mediante a apresentação do cupom fiscal", e sorria com aquela simpatia de quem adora trabalhar no domingo à tarde.
Então eu, muito educadamente, apesar de minha paciência ter esgotado, disse: "Tudo bem, dona Mércia. Vou tentar conseguir o tal cupom. Mas saiba que você PERDEU UMA CLIENTE (ao que ela respondeu, sorrindo: "infelizmente"), e vou fazer uma antipropaganda fantástica desta loja de departamentos". Saí da loja, cheguei em casa e cá estou, escrevendo esta mensagem, pra que nenhum outro consumidor seja feito de palhaço.
Não vou pedir pra ninguém boicotar nada. Vai da consciência e da apatia ou não de cada um repassar essa mensagem. Estamos acostumados a deixar tudo pra lá, e é por isso que o Brasil é o que é. Por isso, dê o primeiro passo. Pode parecer ridículo, mas é um começo.
Por Geórgia Cynara
PS: Este texto foi enviado originalmente como e-mail. O Chame o Gerente está aberto à participação de qualquer consumidor descontente.

segunda-feira, abril 09, 2007

Cabeça de burro enterrada

O pobre do Shopping Bougainville só pode ter uma cabeça de burro enterrada por lá. Parece que nada que fazem dá certo. Depois de fechar, da novela da venda, do vexame da reinauguração (o pianista Arthur Moreira Lima parou o concerto por causa do barulho dos convidados e da péssima acústica), o shopping vive enfrentando problemas com as escadas rolantes e com o ar condicionado.

As escadas estão sempre pifadas e quanto ao ar, no final de semana retrasado, se não me engano, tentei assistir ao filme 300 e fui informada de que não estava funcionando. Desisti, pois o calor estava infernal. E olha que, assim como propôs o Rimene Amaral no texto já publicado aqui, eu tinha escolhido ir até lá para evitar pagar a maldita taxa de estacionamento cobrada pelo Flamboyant e pelo Goiânia Shopping.

Aliás, aproveitando o tema, recebi um e-mail de alguns amigos, falando sobre a lei que permite a cobrança. De acordo com o texto, se fizermos compras a partir de 30 reais em qualquer loja dos shoppings e apresentarmos o cumpom fiscal, somos dispensados da taxa. Confesso que não li atentamente o regulamento sobre a cobrança distribuído assim que a implantaram, mas não me lembro de terem colocado avisos sobre a dispensa nesses casos.

De qualquer modo, será que apresentarmos os ingressos para o cinema de pelo menos duas pessoas e os cupons fiscais daquelas pipocas caríssimas que vendem por lá, vão nos dispensar também? Acho bem improvável...
Por Cássia Fernandes

terça-feira, abril 03, 2007

De volta às origens

Bem, dessa vez não vamos poder espernear. A cobrança de estacionamento nos shoppings é totalmente legal. Isso mesmo! Basta saber que o local não é público e fazer com que obriguem o proprietário a oferecer estacionamento gratuito é ferir o direito de propriedade. De acordo com o juiz Fabiano Abel Aragão Fernandes, da 2ª Vara Pública Municipal, é o mesmo que você ter um lote, querer fazer um estacionamento nele e cobrar por isso. A diferença é que a área do shopping Flamboyant, por exemplo, tem lá seus 500 mil metros quadrados.

Com a paulada sacramentada só existem duas coisas a fazer: ou paga e entra ou não entra! Pronto! Consumista que sou, vou ter mais uma despesa mensal. O problema é que do jeito que o clima está, não é possível deixar o carro no sol, ou fazer compra no centro da cidade. E o ar condicionado? Mas quem vai sofrer mesmo com isso, são os lojistas. Tá certo que os que gastam mesmo, os que têm dinheiro “pra pelar porco”, vão continuar indo ao Flamboyant. Mesmo assim, já é visível o desespero do lojista. Um deles me disse, dia desses, que na primeira semana de cobrança o movimento caiu quase 40%. Imagina? Isso para um comerciante é o início de um pensamento de contenção de despesas, o que traz de volta o fantasma da recessão e o desemprego.

Mas será que o shopping tá preocupado com isso? Que nada. O aluguel está sendo pago direitinho, todos os meses. E ai de quem não pagar no dia certo! E nós vamos ficar na lembrança do PF do Fox, do frapê do Bapi, do sanduíche do Subway... tudo às voltas com o ar condicionado e o carro na sombra. Será que eles não podiam fazer uma graça de oferecer estacionamento gratuito para quem gasta? Aquela história de quem compra dez vezes o valor do estacionamento, não precisa pagar é lorota. Nada disso existe. Bem que o presidente da Câmara Municipal de Goiânia poderia fazer um acordo com a Aslof – Associação dos Lojistas do Flamboyant – para que eles fizessem promoções e chamassem os clientes de volta.

Enquanto isso, pessoal: VAMOS PARA O BOUGAINVILLE E PARA O BUENA VISTA. Estes ainda não estão cobrando. E se passarem a cobrar, vamos enfrentar o calor, investir em um veículo com ar condicionado mais poderoso, andar com roupas mais frescas e bater perna na rua 4, na Anhanguera, Araguaia... e os cinemas podem ser os do Banana Shopping, já que o cine Cultura também fechou as portas. Vamos nos enveredar pelas vielas do centro e provar os mais tradicionais PFs de que se tem notícia, provar os sanduíches que são vendidos na Avenida Goiás, os pastéis, o caldo de cana. Afinal, nada disso tem gordura trans. Se serve de consolo, o inverno tá chegando e não vamos precisar mais do ar condicionado do shopping. Acredite, se quiser!

Por Rimene Amaral

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